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Vítima de cirurgião preso denuncia infecção e coação após procedimento estético
Reprodução/TV Band

Uma das pacientes do médico preso José Emílio de Brito afirma que teve infecção generalizada no corpo após passar por uma hidrolipoaspiração com o cirurgião plástico, que teria coagido a vítima a não denunciar o possível erro. O caso aconteceu em janeiro de 2021. A designer Isabela Ribeiro Bastos Góes, de 26 anos, procurou a reportagem da BandNews FM para denunciar o cirurgião plástico. 

O procedimento estético foi realizado no consultório do médico em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio, em janeiro de 2021. A designer precisou ir duas vezes ao espaço para terminar as cirurgias. Dois dias depois do término, a vida da designer virou de cabeça pra baixo. 

Antes de iniciar o procedimento estético, a denúncia é que o médico nunca quis realizar uma consulta presencial para avaliar os riscos e o estado de saúde da jovem. As dores na região do glúteo viraram uma inflamação generalizada no corpo de Isabela Ribeiro. 

Em uma das tentativas de procurar e questionar o médico cirurgião plástico, a designer retornou ao consultório, onde uma assistente do José Emílio de Brito aplicou uma punção na região do glúteo. Mas, no final de janeiro, o Hospital Municipal Salgado Filho diagnosticou infecção generalizada com abscesso de 10 centímetros. A internação durou oito dias.

Ao saber do estado de saúde, o médico José Emílio de Brito foi até o Hospital Salgado Filho para conversar com a vítima, que pediu a devolução do dinheiro, já que tinha parado de trabalhar. O cirurgião plástico pediu para que Isabela assinasse um termo de compromisso para renunciar de qualquer denúncia ou reclamação judicial ou administrativa. 

Em conversa com a BandNews FM, após a prisão do médico, a designer Isabela Ribeiro disse que o cirurgião plástico se tornou um trauma e que foi coagida pelo profissional. 

José Emílio de Brito foi preso de forma temporária na segunda-feira (15) na Tijuca, na Zona Norte do Rio, pela morte da técnica em segurança do trabalho Marilha Menezes Antunes, de 28 anos. O caso aconteceu no dia 8 de setembro, na clínica Amacor, em Campo Grande, na Zona Oeste. 

Na decisão que mandou prender o médico, a juíza Alessandra da Rocha Lima afirmou que, em liberdade, José Emílio poderia atrapalhar as investigações e voltar a cometer crimes. A magistrada também determinou a quebra dos sigilos telefônico e telemático do investigado.

Segundo as investigações, José Emílio falseou a declaração de óbito da vítima para que o corpo fosse encaminhado para a funerária e não para o Instituto Médico Legal. O cirurgião plástico tinha dito que Marilha morreu após uma broncoaspiração, seguida de parada cardiorrespiratória. Mas, o exame de necrópsia do IML apontou sete perfurações, sendo duas na cavidade abdominal e no rim esquerdo, e uma hemorragia interna. 

Nesta quinta-feira (18), novas vítimas devem prestar depoimento na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio. 

Uma outra vítima que também deve prestar depoimento aceitou gravar com a reportagem sem se identificar. Ela conta que tem problemas para dormir e sente diversas dores após o procedimento estético realizado em julho. 

A irmã de Marilha, Lea Antunes, reconheceu o corpo da vítima no Instituto Médico de Legal de Campo Grande, no dia seguinte à morte. Ela e o pai também estavam com a jovem de 28 anos na clínica Amacor. 

Lea Antunes afirma que vai criar um perfil nas redes sociais para ajudar mulheres a denunciar casos de erro e negligência médica durante procedimentos estéticos. 

Essa semana eu estou resolvendo as questões da minha irmã em relação à empresa que ela trabalhava, ao filho dela Mas eu acho que semana que vem eu já consigo focar mais nessa parte do Instagram, do TikTok Eu quero muito poder repostar as coisas marcando vocês, marcando vocês, João, marcando o Schneider, marcando a BandNews FM. E abrindo esse canal para as mulheres que querem denunciar e procurar vocês.

O caso segue sendo investigado pela Delegacia do Consumidor. O Conselho Regional de Medicina do Rio disse que abriu sindicância. O processo segue sob sigilo.

Fonte: Band.
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