Os trabalhadores da Toyota do Brasil aprovaram, neste domingo (28), o acordo de layoff negociado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região. A decisão foi tomada após um forte temporal destruir a fábrica da montadora na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo.
Segundo o sindicato, 96,3% dos trabalhadores aprovaram a proposta apresentada pela empresa, que garante a suspensão temporária dos contratos de trabalho com a preservação dos empregos e dos direitos.
“O acordo foi construído com diálogo e responsabilidade, garantindo que nenhum trabalhador fique desamparado nesse momento delicado. Nosso objetivo sempre foi proteger empregos, salários e direitos, fortalecendo a categoria para enfrentar juntos os desafios impostos pela crise”, declarou Silvio Ferreira, secretário-geral do Sindicato.
Para o presidente da entidade, Leandro Soares, “layoff não é apenas uma medida de proteção imediata, mas também um instrumento para garantir que a Toyota mantenha sua presença em Sorocaba, preservando empregos e fortalecendo a indústria local”.
O que é layoff?
Trata-se de uma medida na legislação trabalhista que permite a suspensão temporária do contrato de trabalho ou a redução da jornada e salário por um período determinado, sem que haja demissão. O objetivo é preservar os empregos em momentos de crise, como ocorre agora, mantendo os trabalhadores vinculados à empresa enquanto se enfrenta a paralisação.
Suspensão da produção após temporal
A Toyota suspendeu a produção em suas unidades no Brasil por causa de uma forte tempestade na última segunda-feira (22) que provocou danos na planta de Porto Feliz (SP), onde são produzidos os motores da marca de veículos.
Em razão dos danos na unidade de Porto Feliz, as fábricas de Indaiatuba e Sorocaba, também localizadas no estado, interromperam as atividades.
“Em uma primeira análise, a retomada da planta de motores deverá levar meses e, considerando essa situação, a empresa está buscando alternativas de fornecimento de motores junto a unidades da Toyota em outros países, com o objetivo de retomar a produção de veículos nas plantas de Sorocaba (SP) e Indaiatuba (SP)”, disse a montadora, em nota.