O velório de Tainara Souza, a jovem de 28 anos vítima de um crime brutal na Marginal Tietê, foi marcado por relatos de dor e pela quebra de uma expectativa de recuperação que durou quase um mês. Em entrevista à Band, os advogados da família detalharam os últimos momentos da luta de Tainara pela vida e os próximos passos jurídicos após o falecimento da jovem.
Tainara Souza: Corpo de jovem arrastada pelo ex é velado em SP
Dr. Wilson descreveu o impacto emocional da notícia do falecimento. Ele ressaltou que, apesar da gravidade do estado de saúde de Tainara — que teve as duas pernas amputadas após ser arrastada por um quilômetro —, havia um sentimento genuíno de que ela sobreviveria.
"Nós tínhamos a esperança de que ela ficasse bem, superasse esse trauma. Infelizmente foi uma notícia muito ruim", afirmou o Dr. Wilson. Ele explicou que, desde a manhã de quarta-feira (24), a família passou por um período de incertezas e procedimentos burocráticos delicados. "O momento foi muito complicado, pois estávamos todos esperançosos de que Tainara estaria com a gente no futuro", lamentou o advogado.
Busca por Justiça
Agora, com a confirmação do óbito, o foco da defesa e da família volta-se integralmente para o processo criminal. Douglas Alves da Silva, o ex-companheiro que cometeu o crime, deixa de responder por tentativa para responder por feminicídio consumado.
O advogado enfatizou que a família está consciente e, agora mais do que nunca, mobilizada na busca por justiça. A expectativa é que as agravantes do crime, como o fato de ter sido cometido diante de circunstâncias brutais e deixando dois filhos órfãos, contribuam para uma condenação rigorosa no júri popular, previsto para o próximo ano.