Termina hoje o prazo para que o ex-presidente Jair Bolsonaro se justifique sobre o descumprimento de medidas cautelares e um suposto plano de fuga do Brasil.
De acordo com o inquérito da PF, Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro são acusados de tentar interferir nas apurações sobre uma trama para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022.
A defesa do ex-presidente nega as acusações e afirma que o pedido de asilo nunca foi formalizado, informação que teria sido confirmada pelo governo argentino.
Conversas obtidas no celular de Jair Bolsonaro e anexadas ao relatório mostram trocas de mensagens entre o ex-presidente, seu filho Eduardo e o pastor Silas Malafaia. Em um dos diálogos, Malafaia ofende Eduardo Bolsonaro em uma conversa com o pai. Em outra troca de mensagens, Eduardo sugere que o pai faça uma publicação agradecendo ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por medidas aplicadas contra o Brasil.
A investigação aponta que o contexto dessas conversas está relacionado a declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro e as possíveis consequências comerciais para o Brasil.
No Congresso, a base do governo defende a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro. A vice-líder do PT na Câmara, Dandara Tonantzin, justificou o pedido, afirmando que não se pode legitimar um parlamentar que atua contra os interesses do Brasil.
Por outro lado, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, criticou a possibilidade de cassação, argumentando que não há crime no fato de Eduardo Bolsonaro estar nos Estados Unidos denunciando supostos excessos contra direitos humanos e liberdades individuais.