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Foragido, Ramagem ataca Moraes, chama STF de "ditadura da toga" e diz que protegeu família
Carolina Antunes/PR

Pela primeira vez desde que sua fuga do Brasil foi confirmada, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) se manifestou publicamente, atacando o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes. Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Ramagem, que teve a prisão decretada, classificou o Judiciário como uma "ditadura da toga" e se referiu a Moraes como um "violador de direitos humanos". Ele justificou sua saída do país como um ato para proteger sua família das "graves injustiças e perseguições" que alega sofrer no Brasil.

A manifestação ocorre dias após o ministro Alexandre de Moraes expedir um mandado de prisão contra o parlamentar, depois que investigações da Polícia Federal confirmaram que ele deixou o país de forma clandestina, apesar de estar proibido pela Justiça.

Condenado a mais de 16 anos de prisão, Ramagem é agora considerado foragido e seu nome deve ser incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. Ele era um dos integrantes do chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado de 2022, do qual fazem parte também o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros de governo, como o general Augusto Heleno, o general Braga Netto e o general Paulo Sérgio Nogueira.

"Ditadura da toga e perseguição"

Em um discurso duro, Ramagem direcionou suas críticas ao STF, corte que o condenou em setembro por organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O deputado afirma ser vítima de perseguição política e usa o termo "ditadura da toga" para tentar deslegitimar as decisões judiciais contra ele.

"Protegi minha família contra as graves injustiças e perseguições sofridas no Brasil. Não recuarei diante da ditadura da toga, marcada pelos abusos do violador de direitos humanos", declarou o deputado no vídeo.

A esposa de Ramagem, Rebeca, também usou as redes sociais para defender a fuga, afirmando que a família é vítima de "lawfare" — uso estratégico do sistema jurídico para perseguir adversários — e que a viagem aos Estados Unidos teve como único objetivo "proteger a família".

Foragido e condenado

A situação de Alexandre Ramagem se agravou após ele ser condenado pelo STF por seu envolvimento na trama golpista que visava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Na ocasião, a Corte determinou medidas cautelares, como a entrega de seu passaporte e a proibição de deixar o país.

No entanto, a Polícia Federal aponta que o deputado fugiu em setembro, usando uma rota terrestre por Roraima para um país vizinho, de onde partiu para os Estados Unidos. 

A fuga foi descoberta após o parlamentar participar de uma sessão virtual da Câmara dos Deputados usando um celular com roaming internacional, o que levantou suspeitas.

A defesa de Ramagem nega as acusações e sustenta que ele é alvo de uma perseguição injusta. 

Fonte: Band.
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