
No Rio Grande do Sul, uma quadrilha monitorava pessoas que frequentavam motéis e exigia dinheiro para não divulgar os flagrantes de traição. O esquema era coordenado por criminosos dentro de presídios e contava com uma articuladora externa para fotografar os carros e ameaçar as vítimas.
Os golpistas enviavam mensagens diretamente para o número das vítimas. Eles se apresentavam como detetives particulares, contratados para investigar supostas infidelidades. A quadrilha dava apenas cinco minutos para as vítimas reagirem ao suborno.
Os alvos do grupo eram vítimas com veículos de alto padrão, que frequentavam motéis em Porto Alegre e região metropolitana. Até o momento, dez casos já foram identificados. Em troca de silêncio, os criminosos exigiam até R$ 15 mil das vítimas.
As investigações tiveram início em junho. Na manhã desta terça-feira (26), uma mulher, de 27 anos, foi presa em Eldorado do Sul. Ela foi considerada pela polícia como uma das principais articuladoras do esquema. Já o líder do grupo, de 32 anos, era responsável por identificar as vítimas através de dados das placas dos veículos.
“O mentor da extorsão era um indivíduo preso…parte das extorsões propriamente dita", disse o delegado João Vitor Herédia.
Os outros três detentos, que realizavam as extorsões, também receberam novos mandados de prisão contra eles. Na operação, documentos e celulares também foram apreendidos.