
A proibição do uso de celulares em escolas e faculdades tem gerado resultados muito positivos no Brasil. Uma pesquisa realizada em parceria com uma universidade americana revelou que a medida melhorou a atenção e o desempenho dos estudantes em sala de aula.
A lei, que proíbe o uso do celular nas escolas, passou a valer em janeiro deste ano. Em escolas como a de Cachoeirinha, na Grande Porto Alegre, professores já notam a diferença. O assunto virou debate no Melhor da Tarde.
Mais foco e menos bullying
Segundo relatos de educadores, a ausência dos celulares resultou em maior disponibilidade dos alunos para ouvir e participar das atividades. Os estudantes demonstraram estar focando mais nos conteúdos, perguntando e compreendendo mais as matérias.
Um dos alunos chegou a afirmar que sua criatividade aumentou em comparação ao ano anterior, quando o uso do celular era liberado.
Além da melhora acadêmica, a pesquisa destacou um impacto social importante: a diminuição do bullying virtual. Sem a possibilidade de gravar colegas e fazer "chacota na internet", o ambiente escolar se tornou mais saudável. O tempo do recreio voltou a ser ocupado por brincadeiras, jogos e conversas presenciais.
Liberação na faculdade
Apesar da lei nas escolas, o uso de celular e computadores nas faculdades geralmente é liberado, especialmente em cursos como Comunicação, onde são ferramentas de trabalho.
Os apresentadores do Melhor da Tarde ressaltaram que é quase "uma covardia" colocar o professor para competir com a tela do celular pela atenção do aluno, já que as constantes notificações desviam o foco da aula.
Os apresentadores comentaram sobre o tempo de tela que os brasileiros têm. Um dos integrantes do programa revelou ter um tempo de uso médio de 5 horas, enquanto outros atingem picos de 8 a 9 horas por dia.
O debate finalizou com a certeza de que a retirada dos celulares das salas de aula era uma medida necessária para o sucesso do aprendizado.