A Polícia Civil investiga a participação do PCC na execução do ex-delegado-geral Rui Ferraz Fontes, assassinado na Praia Grande. A informação exclusiva, obtida junto a altas autoridades da corporação, indica que o crime tem a marca do crime organizado.
A execução estaria ligada à atuação do ex-delegado na Secretaria de Administração da prefeitura da Baixada Santista, onde revisava contratos e licitações.
O crime teria como mandante um dos maiores exportadores de cocaína para a África e a Europa, Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, que já foi preso há cerca de 10 anos no continente africano.
Fuminho é considerado um dos principais aliados de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC. A apuração policial aponta que a execução foi uma ação direta do PCC em resposta à atuação de Fontes, que estaria ameaçando os negócios da facção na região.
Ações e investigações em andamento
As investigações prosseguem para confirmar a autoria e a motivação do crime. As autoridades buscam conectar o assassinato às operações de revisão de contratos e licitações que Fontes estava conduzindo.
O trabalho de campo e a análise de informações de inteligência são cruciais para a polícia, que trabalha com a hipótese de que a morte do ex-delegado não foi um evento isolado, mas sim parte de uma retaliação do crime organizado.
Uma mulher, de 25 anos, identificada como Dahesly Oliveira Pires, suspeita de envolvimento na execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi presa. A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite.
Segundo Derrite, a mulher, presa temporariamente, é suspeita de ser responsável por levar de Praia Grande, onde o crime aconteceu, para a região do ABC Paulista um dos fuzis utilizados no crime.