A Polícia Federal (PF), em uma ação conjunta com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e a Polícia Nacional Holandesa, deflagrou uma operação internacional contra a máfia dos Balcãs, um grupo criminoso responsável por receber na Europa a cocaína enviada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 milhões em bens a partir da investigação brasileira.
A operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão em três países: Paraguai, Brasil e Holanda.
A investigação começou em 2023, após a prisão de um dos alvos em uma mansão. No Brasil, as ações foram realizadas nos estados de Mato Grosso do Sul e Rondônia. Uma das casas de luxo que serviam de base para a máfia foi alvo da busca e apreensão.
Outras operações miram tráfico e falsificação de medicamentos
Em uma frente paralela de combate ao crime organizado, outras duas ações foram desencadeadas no interior de São Paulo contra o tráfico de drogas. Uma delas, que contou com o apoio do helicóptero Águia da Polícia Militar, resultou na prisão de um traficante que fugiu pulando muros de casas, após entrar em uma área de mata. Outros dois criminosos foram capturados na casa que funcionava como depósito e laboratório de drogas no município de Várzea Paulista.
Em Mogi Guaçu, a Polícia Militar desvendou outro depósito com um grande carregamento de entorpecentes. O traficante responsável pelo local foi preso após tentar fugir a pé da abordagem policial.
Operação Slim contra falsificação de medicamentos
Além das ações de combate ao tráfico, a Polícia Federal também deflagrou a Operação Slim, que tem como alvo uma quadrilha especializada em falsificar a Tirzepatida, princípio ativo de medicamentos contra o diabetes, amplamente utilizados para emagrecimento.
A PF cumpre 24 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, em clínicas, laboratórios, estabelecimentos comerciais e nos endereços dos investigados. No decorrer da ação, um jato executivo e uma Ferrari foram apreendidos.
O grupo fabrica o medicamento em condições incompatíveis com os padrões sanitários, realiza o envase e a rotulagem, e depois distribui o produto de forma irregular. Para conferir uma impressão de legalidade, os medicamentos eram anunciados livremente na internet.
Quadrilha desvia R$ 14 milhões de banco em São Paulo
Em São Paulo, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão contra uma quadrilha que desviou R$ 14 milhões de um grande banco, utilizando-se do sequestro da identidade digital de funcionários da instituição.
A polícia investiga a possibilidade de facilitação interna no esquema que permitiu aos golpistas acessarem os sistemas do banco.