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Polícia desarticula quadrilha que acessava processos do TJ/SP em mansão no Guarujá (SP)
Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil de São Paulo desmantelou uma célula criminosa especializada na prática de estelionatos por meio de acesso a sistemas judiciais, após a conclusão de investigações que apuravam a associação de diversos agentes para a execução de fraudes. A operação policial se concentrou em dois pontos cruciais do esquema, um na Baixada Santista e outro na capital, resultando na prisão de nove indivíduos.

O núcleo principal da quadrilha foi localizado em um sofisticado "escritório de fraudes" montado em uma mansão de luxo no município do Guarujá, litoral paulista. No local, que operava como um verdadeiro coworking do crime, quatro indivíduos foram presos em flagrante. A equipe policial apreendeu diversos dispositivos eletrônicos e aparelhos celulares utilizados na ação.

A principal descoberta da investigação é o modus operandi dos estelionatários: eles acessavam o Sistema ESAj, portal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP), onde tramitam os processos judiciais. Nos computadores da quadrilha, foi constatado o acesso ao sistema. O grupo utilizava senhas de acesso para se passar por advogados ou outros profissionais do direito e, com isso, obtinham informações privilegiadas de processos.

A partir desse acesso, os criminosos induziam as partes em erro, passando informações falsas sobre o andamento dos trâmites judiciais, em uma ação deliberada para auferir vantagem econômica.

Duas frentes de ação e o papel dos responsáveis pelas contas

A apuração policial revelou que a organização criminosa atuava em duas frentes bem definidas. A primeira, desbaratada na mansão do Guarujá, era a responsável pela execução da fraude processual e pelo contato direto com as vítimas. A segunda frente, considerada o "outro extremo" do grupo criminoso, era a rede de indivíduos encarregados de dar suporte financeiro ao esquema.

Essa segunda célula era composta pelas pessoas que forneciam contas bancárias para o recebimento do produto do crime. Após a indução da vítima ao erro, os valores eram depositados ou transferidos para essas contas, dificultando o rastreamento do dinheiro pelos órgãos de segurança.

A ação policial foi considerada exitosa ao prender mais cinco indivíduos no município de São Paulo, todos suspeitos de participarem dessa rede de recebimento de valores. Somando-se as prisões na capital e no Guarujá, nove pessoas foram detidas por associação para a prática de estelionatos.

Fonte: Band.
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