
A Petrobras recebeu hoje (20) a licença de operação do Ibama para a perfuração de um poço exploratório no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá, a 500 km da foz do rio Amazonas e a 175 km da costa, na Margem Equatorial brasileira.
A sonda se encontra na locação do poço e a perfuração está prevista para ser iniciada imediatamente, com a duração estimada de cinco meses. Por meio desta pesquisa exploratória, a companhia busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. Não há produção de petróleo nessa fase.
A Petrobras atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama, cumprindo integralmente o processo de licenciamento ambiental. Como última etapa de avaliação, a companhia realizou, em agosto, um simulado in loco, denominado Avaliação Pré-Operacional (APO), por meio do qual o Ibama comprovou a capacidade da Petrobras e a eficácia do plano de resposta à emergência.
Exigências do Ibama
A emissão de licença ocorre após rigoroso processo de licenciamento ambiental, que contou com a elaboração EIA/RIMA, realização de três audiências públicas, 65 reuniões técnicas setoriais em mais de 20 municípios dos Estados do Pará e Amapá, vistorias em todas as estruturas de resposta à emergência e unidade marítima de perfuração, além de realização de uma Avaliação Pré-Operacional, que envolveu mais de 400 pessoas, incluindo funcionários e colaboradores da Petrobras e equipe técnica do Ibama.
Dentre os aperfeiçoamentos implementados, destacam-se a construção e operacionalização de mais um Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) de grande porte, no município de Oiapoque-AP, que se soma ao já existente em Belém-PA, inclusão de três embarcações offshore dedicadas ao atendimento de fauna oleada, quatro embarcações de atendimento nearshore, dentre outros recursos de oportunidade.
As exigências adicionais para a estrutura de resposta foram fundamentais para a viabilização ambiental do empreendimento, considerando as características ambientais excepcionais da região da bacia da Foz do Amazonas.
Além disso, durante a atividade de perfuração, será realizado novo exercício simulado de resposta a emergência, com foco nas estratégias de atendimento à fauna.
"Petrobras é a nossa NASA dos mares", defende Clécio Luís
A capacidade técnica e o histórico de segurança da Petrobras na exploração de petróleo em águas profundas foram os principais argumentos apresentados em defesa do projeto de exploração de petróleo na Margem Equatorial.
Durante o programa "Canal Livre", o governador do Amapá, Clécio Luís, fez uma analogia contundente para reforçar a expertise da companhia: "A NASA é o que é para o espaço. A Petrobras é o que é para os mares. A Petrobras é a nossa NASA".