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Operação no Rio: tática de fuga usada por traficantes foi a mesma de 2010
Reprodução/Band

Os confrontos entre policiais e traficantes na recente megaoperação que atingiu os Complexos do Alemão e da Penha revelaram que, apesar do avanço tecnológico do crime, a estratégia de fuga dos criminosos permaneceu a mesma utilizada em 2010, durante uma das maiores ocupações já realizadas pelas forças de segurança no Alemão.

A tática policial na última operação concentrou-se em empurrar os traficantes das ruas da favela em direção à mata da Serra da Misericórdia, que serve como divisão natural entre os Complexos da Penha e do Alemão. No topo da serra, os criminosos eram esperados pelo "Muro do BOPE", um cerco formado por outro grupo de policiais de elite, com o objetivo de impedir a dispersão e a fuga.

Mata como rota de escape

Essa mesma rota de escape foi crucial há 15 anos, quando as forças de segurança ocuparam o Complexo do Alemão em uma grande ofensiva contra o tráfico de drogas.

Em 2010, na mesma região de mata, a operação visava prender o então chefe do tráfico local, conhecido como "Tota", o criminoso mais procurado do estado na época. Durante o cerco, o repórter Rodolfo Schneider e sua equipe de reportagem chegaram a ficar seis horas encurralados na mata em meio ao fogo cruzado. Um helicóptero que apoiava a operação teve que realizar um pouso de emergência para resgatar um policial que havia sido baleado fatalmente nos confrontos.

Tecnologia a serviço do crime

Quinze anos se passaram e o cenário do crime no Rio de Janeiro se transformou pela tecnologia. Se a rota de fuga permaneceu a mesma, o poder de fogo e as ferramentas dos criminosos aumentaram consideravelmente.

Durante os recentes confrontos, a polícia identificou o uso de drones modificados para disparar explosivos contra os agentes. Além disso, as investigações revelaram que as estratégias e a tomada de decisões dos chefes de facção são articuladas por meio de grupos de mensagens no WhatsApp.

  • Uma das conversas obtidas pela investigação mostra traficantes discutindo a compra de um drone com visão noturna, evidenciando o investimento em tecnologia para a vigilância e ataque.
  • Outros trechos de mensagens revelam o uso dos aplicativos para decisões de alto risco, como a execução de um bandido do mesmo grupo por ordens de um dos chefes da facção.

A violência do crime organizado também é registrada e disseminada digitalmente. Em um dos vídeos apreendidos, um comparsa, suspeito de trair a facção, aparece sendo arrastado amarrado a um carro, em mais uma demonstração brutal do poder paralelo.
 

Fonte: Band.
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