A Fiat pode ser a grande protagonista do Salão do Automóvel de São Paulo, que retorna após sete anos de hiato. A marca italiana é a líder de mercado, o que já chama atenção do público, mas poderia ficar ofuscada em meio às novas montadoras chineses que tem entrado no país e também estarão do evento. Mas a empresa italiana tem uma carta na manga: o “novo Uno”!
O produto em questão será um hatch compacto derivado do Fiat Granda Panda europeu. Este, por sua vez, é uma nova geração do modelo que, nos anos 1980, deu origem ao brasileiro Fiat Uno. O carro, ainda sem nome oficial, será o sucessor do Fiat Argo, com objetivo de ser o automóvel mais vendido do Brasil.
O nome ‘Uno’ é uma das opções para o carro que será exibido no Salão de São Paulo 2025 de forma conceitual. O veículo foi confirmado oficialmente para o Brasil em 2026, com produção em Betim (MG). O histórico do Uno, que ainda hoje preserva uma legião de fãs, denota a importância do carro que pode ser o grande destaque.
A apresentação pública pode ocorrer em um momento estratégico. A fabricante completa 50 anos de operação no Brasil em julho de 2026, e a estreia de um novo projeto nacional serviria como marco para o aniversário da planta de Betim (MG), inaugurada em 1976.
O novo presidente da Stellantis para a América do Sul, Herlander Zola, comentou em sua primeira coletiva na região que a Fiat trabalha em um lançamento “completamente novo”, classificado por ele como relevante para o segmento em que irá atuar. O executivo evitou associar diretamente o produto ao Grande Panda, mas deixou claro que a marca reservará novidades para o Salão do Automóvel — evento no qual historicamente costuma exibir conceitos e futuros modelos.
Como é o Grande Panda?
O Grande Panda é um hatch de linhas geométricas, inspirado no modelo lançado em 1980. Ele utiliza a nova plataforma global da Fiat, pensada para dar origem a uma família variada de produtos — incluindo SUVs, picapes e variantes eletrificadas. Essa estrutura modular facilita adaptações para mercados emergentes, o que reforça a possibilidade de produção local.
Na Europa, o modelo conta com versões a combustão, híbridas e totalmente elétricas. Para o Brasil, a tendência é que o futuro derivado utilize motores já produzidos pela Stellantis em Betim, como os Firefly 1.0 e 1.3, além do 1.0 Turbo T200, que entrega 130 cv e 20,4 kgfm. A opção turbo pode ser combinada ao sistema híbrido leve de 12V utilizado em outros veículos do grupo.
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Eu conheci de perto o novo Grande Panda na Itália, em evento que marca o início das comemorações de 50 anos da Fiat no Brasil. O carro agrada em visual, repleto de Easter Eggs e referências ao Panda original. É ainda espaçoso, aproveitando muito bem as possibilidades da plataforma CMP.
Chana atenção a versão híbrida leve, que tem motor 1.0 turbo mais um elétrico de 48V. Trata-se de uma evolução do sistema já disponível no Brasil em carros como Fiat Pulse e Peugeot 2008. Dirigi o modelo na pista de Balocco, na Itália.O Grande Panda 2026 é esperto e econômico, com acerto de direção muito próximo do padrão brasileiro. Esse conjunto, atualizado para o sistema BioHybrid com motor flex tem tudo para ser um sucesso por aqui!
