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MPT investiga Hytalo Santos por exploração de trabalho infantil e tráfico de pessoas
Reprodução/Instagram/@hytalosantos

O influenciador Hytalo Santos é investigado pelo Ministério Público do Trabalho por exploração de trabalho infantil. Além das investigações por infringir o Estatuto da Criança e do Adolescente pelo Ministério Público da Paraíba, o famoso também é alvo de ações do órgão, que apura violações trabalhistas e aos direitos humanos. 

Segundo o procurador do Trabalho Flávio Gondim, o MPT apura a violação de pelo menos três irregularidades por Hytalo Santos, como o trabalho infantil digital, exploração sexual e até tráfico de pessoas, por indícios de privação de liberdade e ameaças às crianças. 

Em nota, o procurador informou que mais de 15 pessoas já foram ouvidas e, no processo, há mais de 50 vídeos. "Temos áudios, gravações, um material vasto que demonstra a gravidade das inúmeras violações trabalhistas e aos direitos humanos", diz Gondim em nota. 

O MPT também pediu para a Loteria do Estado da Paraíba, a Lotep, para suspender a Fartura de Prêmios, que tem Hytalo Santos como principal divulgador. O órgão aponta que ele usa a audiência conquistada com exploração de trabalho infantil para alavancar a venda de rifas e sorteios. 

Hytalo Santos se pronunciou:

"Repudio categoricamente qualquer acusação de exploração de menores. Minha trajetória pessoal e profissional sempre foi guiada pelo compromisso inabalável com a proteção de crianças e adolescentes.

Esclareço que jamais me ocultei ou obstruí investigações. Estou em viagem a São Paulo há mais de um mês e permaneço, desde o início, à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento, confiando que a verdade prevalecerá sobre qualquer tentativa de distorção.

Reafirmo minha integridade e indignação diante de falsas acusações. Não aceitarei que minha imagem e meu trabalho sejam manchados por narrativas infundadas, e seguirei defendendo, com firmeza, a verdade e os valores que sempre nortearam minha vida.

Todos os esclarecimentos necessários à Justiça serão prestados nos autos do processo". 

Quem é Hytalo Santos?

Hitalo José Santos Silva, mais conhecido apenas como Hytalo Santos, tem 27 anos e é natural de Cajazeiras, no interior da Paraíba. Ele começou na internet em 2018 publicando vídeos de dança, especialmente de brega funk, ritmo que estava estourado na época.

As danças gravadas com menores de idade, muitas delas com pouca roupa, começaram a fazer sucesso e Hytalo passou a ganhar dinheiro ao divulgar os vídeos nas redes sociais.

Com o passar dos anos, ele criou uma casa apelidada de "mansão" e levou algumas crianças para morar com ele, com a permissão dos pais. O influenciador apelidou o grupo de "filhos", que eram jovens em situação de vulnerabilidade social, a quem ele oferecia suporte financeiro, moradia, alimentação e educação. Em troca, eles aparecem em seus conteúdos.

Hytalo é conhecido por mostrar nas redes sociais sua rotina de ostentação ao lado de jovens que chama de "filhos". Ele está sendo investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB).

Uma das adolescentes que foi mostrada pelo influenciador, Kamyla Maria Silva, conhecida como Kamylinha, causou polêmica ao anunciar que estava grávida. Aos 17 anos, ela tem um relacionamento com Hyago Santos, irmão de Hytalo. O caso ocorreu em maio de 2025.

Denúncias em vídeo de Felca

Em 6 de agosto, Felca publicou um vídeo no YouTube denunciando a exploração e a “adultização” de menores em conteúdos digitais. Entre alguns exemplos, ele citou a rotina de Hytalo Santos, que já era investigado pelo MPPB desde 2024 por suposta exploração de adolescentes em vídeos com conotação sexual. 

Após a repercussão, perfis de Hytalo foram derrubados no Instagram, e a pressão pública aumentou sobre as autoridades. Diversos políticos apresentaram propostas de lei para regulamentar tais conteúdos. Inclusive, Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, falou sobre a urgência de regulamentar as redes sociais, em geral.

O material descreve o uso frequente de crianças e adolescentes em quadros de dança, conversas de cunho íntimo e situações vistas como sexualizadas. O tema da “adultização” — quando comportamentos e estéticas adultas são impostas a menores para entreter e engajar — ganhou atenção e levou a novas queixas formais. 

Fonte: Band.
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