
Uma motorista de 23 anos sobreviveu a um grave acidente de trânsito em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, após seu carro ser atingido e soterrado pela carga de uma carreta. O veículo, que seguia no acesso à BR-448, foi prensado quando o caminhão tombou sobre ele, derramando uma carga de serragem. A jovem ficou presa por cerca de duas horas sob o material.
A sobrevivência da motorista é creditada à estrutura reforçada presente em veículos modernos, conhecida como “célula de sobrevivência”. Essa estrutura é formada por colunas reforçadas que agem como uma gaiola de proteção, impedindo a deformação da cabine e preservando o espaço dos ocupantes, mesmo em impactos severos. Os carros mais modernos já saem de fábrica com esse tipo de reforço.
Fatores que garantiram a proteção
O médico e presidente da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do Rio Grande do Sul (Abramet-RS), Ricardo Hegele, explica que a célula de sobrevivência é essencial para manter a integridade da cabine. No caso do acidente em Porto Alegre, outros fatores cruciais contribuíram para o resgate bem-sucedido:
- Vidros Fechados: Os vidros do veículo estavam fechados, o que ajudou a criar uma "bolha de ar" que forneceu oxigênio e permitiu a troca de gases com o exterior.
- Baixa Densidade da Carga: A serragem é um material de baixa densidade, o que evitou um esmagamento total imediato e também facilitou a passagem de ar.
- Segurança do Veículo: O modelo do veículo possuía nota máxima em segurança nos testes de impacto do Latin NCAP.
Além dos elementos técnicos do veículo, o controle emocional da motorista também foi decisivo. Ela conseguiu manter a calma, ligar para os familiares e auxiliar no próprio resgate.
O Jornal da Band conversou com o especialista Ricardo Hegele, que detalha a combinação de elementos — desde a célula de segurança à atuação da serragem na formação da bolha de ar — que garantiram a proteção da condutora.