
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexande de Moraes, determinou nesta terça-feira (26) o monitoramento em tempo integral do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar em sua casa em Brasília.
A decisão informa que a Polícia Penal do Distrito Federal terá que monitorar as medidas cautelares impostas ao ex-presidente, “com destacamento para equipes de monitoramento em tempo real do endereço residencial do réu”.
O documento ainda informa que o monitoramento policial deverá evitar “exposição indevida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática, sem adoção de medidas intrusivas da esfera domiciliar do réu”.
Nesta segunda-feira (25), a Procuradoria-Geral da República enviou, ao ministro Alexandre de Moraes, um parecer a favor do reforço do policiamento nas proximidades da casa do ex-presidente em Brasília.
O parecer foi enviado após o ministro receber uma cópia do pedido inicial, que foi enviado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Segundo o parlamentar, a medida é necessária para garantir a “aplicação da lei penal”.
“Risco concreto de fuga”
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou ao STF que havia recebido o ofício do líder do PT apontando “risco concreto da fuga de Bolsonaro”, tendo a possibilidade de tentativa de evasão para o interior da embaixada dos Estados Unidos e pedido de asilo político.
A embaixada fica há cerca de 15 minutos de distância da casa do ex-presidente em Brasília.
“Chegaram ao conhecimento público e institucional informações sobre risco concreto de fuga do acusado, notadamente a possibilidade de tentativa de evasão para o interior da Embaixada dos Estados Unidos da América - e posteriormente solicitar asilo político - situada a aproximadamente dez minutos de seu domicílio em Brasília. Tal circunstância poderia frustrar o cumprimento da ordem judicial e comprometer a aplicação da lei penal", diz o parecer enviado ao STF.