Marina Ruy Barbosa, elogiada pela interpretação de Suzane von Richthofen em "Tremembé", revelou se entrou em contato com a condenada por planejar a morte dos pais em 2002. A atriz também defendeu a produção e disse que o objetivo não é de glamourizar crimes hediondos.
"Nunca tive nenhum contato com ela e essa vontade também nunca nem fez parte do meu processo criativo. Eu acho que são coisas que caminham separadamente, apesar de serem tão juntas", disse para a repórter Monique Arruda, do Portal Leo Dias.
"Nunca foi a minha intenção conhecê-la. Nem me bateu curiosidade ou vontade enquanto artista. O mais legal é que eu tinha conteúdo suficiente nas minhas mãos, tanto os livros quanto tudo também que tem disponível no online, para criar com a minha tinta e com a tinta da produção essa nossa personagem de Tremembé", explicou.
Segundo ela, a ideia da série não é romantizar ou glamourizar crimes famosos como o caso Richthofen. "Isso também vale para um dos diversos debates que a série traz. Quem assistir direito vai entender, compreender, refletir, pensar, conversar com o colega do lado e repensar em várias coisas", pontua.
A atriz também reconheceu que a 'penitenciária dos famosos' de Tremembé oferece privilégios para os criminosos. "Aquilo não representa exatamente o sistema carcerário do Brasil, porque Tremembé é uma prisão diferenciada. Quem está nessa prisão tem um certo tipo de privilégio", opina.
Sobre o que é a série "Tremembé"
A série de ficção traz as trajetórias de alguns encarcerados como Suzane von Richthofen, Daniel Cravinhos e Christian Cravinhos, condenados pelo assassinato dos pais de von Richthofen; Anna Jatobá e Alexandre Nardoni, condenados pelo assassinato de Isabella Nardoni; e de Elize Matsunaga, condenada por assassinar o marido, entre outros.
Tremembé é baseada nos livros de true crime “Elize Matsunaga: A mulher que esquartejou o marido” e “Suzane: assassina e manipuladora”, escritos pelo jornalista Ulisses Campbell, que também assina o roteiro ao lado de Vera Egito, Juliana Rosenthal, Thays Berbe e Maria Isabel Iorio. A produção tem direção-geral de Vera Egito e direção episódica de Daniel Lieff.