
O empresário e ex-jogador de futebol Léo Moura está sob investigação por suspeita de envolvimento com uma empresa acusada de lavagem de dinheiro e exploração de apostas online. A organização é alvo da “Operação Banca Suja” da Polícia Civil, deflagrada nesta quinta-feira (16) no Rio de Janeiro.
De acordo com as investigações, Léo Moura atuava como garoto-propaganda do grupo criminoso. Recentemente, ele teria feito postagens em redes sociais incentivando o cadastro em apostas online. Segundo a Polícia Civil, essa ação aumentava consideravelmente o lucro da quadrilha.
O grupo criminoso teria movimentado mais de R$ 130 milhões em apenas três anos. As investigações apontam que a quadrilha possui ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, e com a "máfia do cigarro", no Rio.
A "Operação Banca Suja" visa desmantelar a organização e desarticular sua base financeira. O objetivo inclui o bloqueio de R$ 65 milhões em contas e a apreensão de R$ 2,2 milhões em bens. Já foram apreendidos ao menos oito carros e imóveis de luxo, levados para a Cidade da Polícia, no Rio. Ao todo, estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão.
Além do ex-jogador Léo Moura, Rafael da Silva Soares também é alvo da operação. Ele é apontado como contador do grupo criminoso e é acusado de ser o responsável por orquestrar e determinar todas as ordens da quadrilha.
A organização utilizava empresas de fachada e transferências fracionadas para lavar o dinheiro. O grupo é ainda suspeito de ordenar homicídios para manter o controle de seus negócios ilegais. Os valores recuperados poderão ser revertidos para o financiamento da própria Polícia Civil.
Nas próximas fases da operação, a Polícia Civil deve aprofundar a investigação para esclarecer a ligação da quadrilha com o PCC e a máfia do cigarro, bem como a extensão da relação de Léo Moura com o esquema.