
A Justiça do Rio Grande do Sul determinou o leilão de dois carros do humorista Nego Di, avaliados em mais de R$ 500 mil. A medida é parte de uma ação de alienação antecipada de bens, apreendidos em um processo contra o influenciador.
A alienação antecipada, neste caso, ocorre quando a Justiça vende bens apreendidos que foram usados em crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Nego Di foi alvo de uma ação que investiga esquema de rifas ilegais vendidas nas redes sociais dele.
O leilão deve ser realizado nos dias 5 e 12 de novembro deste mês, em uma plataforma online. A alienação antecipada foi promovida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, de uma Dodge RAM 2022, blindado, avaliado em R$ 245 mil e um Range Rover Velar, 2018, avaliado em R$ 268 mil.
Nego Di foi condenado por estelionato
Em junho deste ano, o humorista, influenciador digital e ex-BBB Dilson Alves da Silva Neto, Nego Di, e o sócio dele, Anderson Boneti, foram condenados a 11 anos e 8 meses de prisão, cada um deles, em regime fechado, além de multa, segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
A punição se refere a crimes de estelionato praticados contra 16 vítimas da cidade de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, no Estado gaúcho. Os réus foram presos em julho de 2024, com Nego Di conseguindo habeas corpus em novembro do mesmo ano.
O influenciador permanece em liberdade, sob medidas cautelares estabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), incluindo a proibição de usar redes sociais. Veja abaixo detalhes sobre o posicionamento da defesa do ex-BBB.
Entenda o caso
A denúncia aponta que, entre 18 de março e 26 de julho de 2021, a dupla operava a loja virtual "TADIZUERA", oferecendo produtos como televisões, iPhones 13 Pro Max e aparelhos de ar-condicionado a preços abaixo do mercado, sem a intenção ou capacidade de entregar esses produtos. Ou seja, os clientes não teriam recebido os itens comprados nem o estorno dos valores pagos.
Conforme as investigações realizadas entre janeiro e julho de 2022, a conta empresarial da empresa recebeu em créditos mais de R$ 5 milhões, com débitos no exato mesmo valor, ou seja, todo o dinheiro que a empresa arrecadou com o dinheiro das vendas teriam sido "pulverizados" para os mais variados destinos, segundo o TJRS.