
O ministro do STF Gilmar Mendes votou nesta sexta-feira (22) pela liberdade do ex-jogador Robinho. A Suprema Corte analisa um recurso da defesa do ex-jogador que pede a suspensão da pena de nove anos de prisão imposta pela Justiça da Itália. Robinho foi condenado por estupro coletivo, cometido em 2013 no país europeu.
O recurso já havia começado a ser analisado em março e foi rejeitado pelo ministro relator, Luiz Fux, que foi acompanhado por Alexandre de Moraes. O caso está sendo avaliado no plenário virtual, modelo em que não há debate entre ministros. O placar está 2x1 para manter Robinho preso.
O ministro Gilmar Mendes, porém, pediu vista (mais tempo para análise), o que suspendeu o julgamento até esta sexta. No retorno, Gilmar defendeu que fosse derrubada a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de homologar a pena imposta pelos tribunais italianos.
Relembre o “Caso Robinho”
Robinho foi condenado na Itália em 2017 pelo crime que aconteceu em 2013, e a vítima era uma jovem albanesa. Outros cinco brasileiros foram denunciados por participação no caso, mas apenas Robinho e um amigo foram levados a julgamento na Itália.
Em 2022, a corte italiana julgou a última instância e chegou ao veredito final da condenação de Robinho por nove anos. Por ser cidadão brasileiro, o jogador não foi extraditado.
No final de novembro de 2024, um pedido de habeas corpus de Robinho foi analisado pelo STF. Por 9 votos a 2, a votação manteve o ex-jogador atrás das grades. Os advogados do ex-jogador questionavam a legalidade da prisão.