O primeiro serviço de telefonia celular no Brasil foi lançado em dezembro de 1990, na cidade do Rio de Janeiro. O marco, que iniciou a revolução das comunicações móveis no país, foi realizado pela Telerj (Telecomunicações do Rio de Janeiro), que na época era a operadora estatal responsável pela capital fluminense.
A tecnologia inaugural utilizada no serviço era analógica, padronizada como AMPS (Advanced Mobile Phone System). O uso da telefonia móvel, no entanto, era restrito ao Rio de Janeiro e tinha um custo muito elevado, limitando o acesso a um público de alto poder aquisitivo.
O “Tijolão” da Motorola
O aparelho que se tornou o ícone deste lançamento e é amplamente reconhecido como o primeiro celular comercializado para o público brasileiro foi o Motorola PT-550. Devido ao seu tamanho e peso, o modelo rapidamente ganhou o apelido popular de "tijolão".
O custo do aparelho e do serviço para a época era considerado muito alto. Embora o texto não detalhe os valores, a escassez de ofertas e o caráter inovador da tecnologia tornavam a posse de um celular um símbolo de status e poder financeiro.
A expansão do serviço de telefonia celular para a capital paulista, São Paulo, ocorreu dois anos depois. A Telesp, a operadora estatal de São Paulo, iniciou o serviço no estado em 1992.
A era da tecnologia analógica
A escolha pela tecnologia AMPS (Advanced Mobile Phone System) caracterizou a primeira fase da telefonia móvel no Brasil. Este padrão analógico era o mais avançado disponível para a época, mas rapidamente seria substituído por tecnologias digitais mais eficientes e acessíveis.
O lançamento do celular no Rio de Janeiro em 1990 foi um passo crucial para a modernização das telecomunicações brasileiras. A iniciativa, apesar de inicialmente restrita, pavimentou o caminho para a massificação da telefonia celular, que viria a ocorrer nas décadas seguintes.
A partir desse momento, a comunicação deixou de ser fixa e restrita, abrindo espaço para a portabilidade e a conectividade que definem a sociedade moderna. A jornada do "tijolão" ao smartphone atual é um reflexo direto dessa evolução, iniciada pela Telerj no final de 1990.