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Diretor de presídio é executado após denunciar suborno de narcotraficante no Paraguai
Reprodução/Brasil Urgente

O tenente-coronel do Exército Paraguaio, Guillermo Centurión, de 44 anos, foi executado com três tiros na manhã desta terça-feira (06/05) em Assunção, no Paraguai. Centurión, que era diretor de presídio e conhecido por sua postura de "linha dura" contra a corrupção, foi atacado por pistoleiros em uma motocicleta quando chegava a um quartel para prestar um exame acadêmico, em frente à Universidade Nacional de Assunção.

Câmeras de segurança flagraram o momento do ataque. O veículo SUV dirigido pela vítima apresentava marcas dos disparos efetuados pelos criminosos, que seguiram Centurión de perto.

Denúncia contra narcotraficante é principal linha de investigação

A principal linha de investigação aponta para uma retaliação relacionada ao trabalho de Centurión como diretor de presídio. Recentemente, ele havia denunciado uma tentativa de suborno para permitir a entrada de um aparelho celular na cela de Miguel Ángel Insfrán, conhecido como "Tio Rico", um dos maiores narcotraficantes do Paraguai.

A oferta de suborno para o diretor, que na época administrava a Penitenciária Militar de Vinhas Cué, era de US$ 1.500. Essa denúncia levou à condenação de dois anos de prisão de um coronel, superior hierárquico de Centurión, e da esposa dele.

Na Penitenciária Militar de Vinhas Cué, onde Centurión atuava, estão detidos diversos líderes do tráfico internacional de drogas, incluindo Gianina García Troche, esposa do megatraficante uruguaio Sebastián Marset, o "Jogador", que segue foragido.

Busca por mandantes e histórico de "Tio Rico"

A Polícia Paraguaia agora concentra as investigações na identificação do mandante do atentado que vitimou o diretor.

Após o crime, promotores e policiais realizaram uma busca na cela de "Tio Rico" e coletaram evidências relevantes. Entre os itens apreendidos estavam 50 mil guaranis, um carregador de celular e contatos telefônicos de autoridades paraguaias.

Miguel Insfrán, o "Tio Rico", foi preso em 2023. Ele é apontado como um dos líderes de uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e armas e como fornecedor da facção carioca Comando Vermelho.

O narcotraficante também é suspeito de ser um dos mandantes da morte do promotor de Justiça paraguaio Marcelo Pecci, assassinado a tiros por pistoleiros que chegaram em uma moto aquática, durante sua lua de mel em uma praia na Colômbia.

Além de sua atuação no sistema prisional, Guillermo Centurión trabalhou como assistente do Supremo Tribunal Militar do Paraguai.

Fonte: Band.
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