Um casal de Chapecó, no oeste de Santa Catarina, será indenizado em R$ 95 mil após a esposa ter sido submetida a um tratamento desnecessário de quimioterapia devido a um diagnóstico de câncer de mama incorreto.
A falha aconteceu em setembro de 2022, quando uma troca de amostras durante a biópsia resultou em um laudo que indicava um tumor maligno. Dois meses depois, em novembro, uma nova análise laboratorial confirmou que o tumor da paciente era benigno.
Durante esse período, a mulher enfrentou os severos efeitos colaterais da quimioterapia, como vômitos, perda de cabelo e a instalação de um cateter que deixou uma cicatriz.
A Justiça considerou que a prestação do serviço médico configurou grave negligência. A cooperativa foi sentenciada a pagar R$ 75 mil à paciente por dano moral direto (em razão do sofrimento físico e psicológico) e mais R$ 20 mil ao marido, como dano moral reflexo (pelo sofrimento derivado da situação da esposa), totalizando R$ 95 mil.
A sentença também determina que os juros sejam calculados a partir da data do laudo equivocado, em setembro de 2022. O recurso apresentado pela cooperativa foi rejeitado, e a condenação foi mantida integralmente.