Investigado por lavar dinheiro do PCC, “Diabo Loiro”, que foi preso após uma megaoperação em Campinas, no interior de São Paulo, é ex-padrasto do funkeiro MC Ryan, que coleciona polêmicas, como agressões à ex-namorada e destruição de patrimônio privado.
Diabo Loiro é investigado por lavagem de dinheiro para o PCC e suspeito de envolvimento em ataques às forças de segurança, incluindo atentados à sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) em 2006.
Nas redes sociais, o "Diabo Loiro" se apresenta como produtor rural e influenciador digital, ostentando viagens e carros de luxo. A Polícia, no entanto, afirma que todo esse patrimônio é fruto de recursos de procedência ilícita, acumulados por meio do tráfico de drogas e ocultados por meio de empresas legalizadas.
Detalhes da Operação e Outros Alvos
A investigação aponta que os envolvidos no esquema vêm, há anos, acumulando dinheiro e patrimônio originários do tráfico de drogas, mesclando o dinheiro ilícito com atividades de empresas para ocultar sua origem. Os alvos da operação incluem empresários, agiotas, influenciadores digitais e outros membros proeminentes do PCC.
Entre os outros nomes de destaque está Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como "Mijão". A polícia acredita que ele esteja escondido em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. "Mijão" foi citado em investigações por supostamente planejar a morte de um promotor em Campinas, plano que, segundo as autoridades, não foi concretizado. O filho de "Mijão" foi preso durante a ação policial.
A operação é acompanhada por policiais em pontos altos, monitorando possíveis rotas de fuga dos investigados.
Confronto e Balanço da Ação
Durante o cumprimento de um dos mandados, houve confronto armado entre policiais e um dos investigados. O suspeito morreu no local. Um policial militar também foi baleado e encaminhado ao Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.
Na residência onde ocorreu o tiroteio, os policiais encontraram armamento, uma grande quantidade de dinheiro em espécie e uma máquina para contar as cédulas.
Eduardo Magrini, o "Diabo Loiro", já tem um histórico criminal extenso. Ele foi preso em 2012 por tráfico de drogas e possui passagens por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documento falso.
Seu relacionamento anterior com a mãe do funkeiro MC Ryan é citado no contexto da notícia. O cantor, por sua vez, também é associado a polêmicas, incluindo acusações de agressão à ex-namorada e danos ao patrimônio privado, como ao gravar um vídeo fazendo manobras radicais com um carro de luxo em um estádio na cidade de Piracicaba, após um show.
A polícia e o GAECO continuam a investigação sobre a rede de lavagem de dinheiro e o patrimônio ilícito dos suspeitos.