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Derrite recusa ajuda da PF, oferecida por Lewandowski, no caso Ruy Ferraz
Fernando Frazão/Agência Brasil

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (Progressistas), recusou a ajuda da Polícia Federal (PF) para investigar o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, executado em Praia Grande, litoral paulista, na última segunda-feira (15)

A declaração do gestor foi dada na saída do velório do ex-chefe da Polícia Civil, nesta terça-feira (16), quando também revelou que um dos suspeitos já foi identificado.

“Agradecemos o apoio da Polícia Federal, porém, no momento, todo o aparato do estado [doe São Paulo] é 100% capaz de dar a pronta resposta necessária, tanto que, em pouquíssimas horas, o primeiro indivíduo identificado, qualificado. Nós vamos continuar realizando esse trabalho”, disse Derrite.

Mais cedo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, classificou o assassinato como “brutal” e ofereceu a ajuda federal para desvendar o caso. Na ocasião, disse que ligou para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e que acionou o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubo, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.

“Já tomamos as providências cabíveis ao nosso nível, claro que a responsabilidade da apuração é do governo de São Paulo. Liguei para o governador de São Paulo, prestando a minha solidariedade pessoal, não só ao policial morto e a família, mas a todas as forças de Segurança do estado”, pontuou o ministro da Justiça. 

O crime

Com 64 anos, Fontes foi baleado em uma emboscada, no momento em que saía da sede da prefeitura de Praia Grande, onde despachou normalmente antes do crime, no início da noite da última segunda-feira (15). Atualmente, ele era secretário de Administração Pública de Praia Grande.

Fontes saiu da prefeitura e foi seguido por bandidos em uma Hilux. Imagens de câmeras de segurança mostram que o secretário estava em alta velocidade, provavelmente fugindo dos bandidos, quando entrou em um cruzamento e foi atingido por um ônibus. 

Com o impacto, o carro de Fontes capotou e ficou imprensado. Três bandidos desceram da picape com fuzis e atiram no ex-chefe da Polícia Civil de São Paulo, que reagiu.

Investigações

Uma força-tarefa da tropa de elite da Polícia Militar, a Rota, e o Batalhão de Choque, está em andamento para localizar e prender os criminosos.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que irá dedicar "toda energia" à investigação do crime

"Com pesar, lamentamos profundamente o assassinato de um policial com muitos anos de trabalho dedicados à corporação, que ocupou inclusive seu posto mais elevado. Iremos dedicar toda energia à investigação do crime", disse uma nota divulgada por Tarcísio.

Atuação contra o PCC

O ex-delegado-geral ficou conhecido pela atuação dele contra o PCC. Em 2006, foi o responsável por indiciar toda a cúpula da organização criminosa, inclusive Marco Willians Herbas Camacho, o “Marcola", antes de os bandidos serem isolados na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. 

Quatro anos depois, a Inteligência Policial conseguiu interceptar um plano do PCC para matar Fontes. Dois homens foram presos em frente ao 69º DP, na Zona Leste de São Paulo, com um fuzil. Eles estariam de tocaia para matar o delegado.

Fonte: Band.
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