Entrevistada pelo jornalista Leo Dias no programa Melhor da Tarde, Deborah Secco confirmou a produção da sequência do filme "Bruna Surfistinha" e surpreendeu ao revelar a intenção de realizar uma modificação corporal extrema para um futuro papel no cinema.
Deborah explicou durante a conversa que, apesar de receber diversas propostas de plataformas de streaming, seu critério atual para aceitar trabalhos é encontrar personagens que a "movimentem" internamente. O retorno ao universo de Bruna Surfistinha, no entanto, não foi uma decisão fácil ou imediata.
Relutante inicialmente, a atriz confessou que tinha receio de revisitar a obra. Ela avaliava que o primeiro filme atingiu um equilíbrio raro entre o sucesso comercial e a qualidade artística, algo "muito difícil" de ser replicado com a mesma competência em uma continuação.
O impacto no Baile da Vogue
Mudanças de percepção ocorreram após uma experiência marcante durante o Baile da Vogue. Deborah decidiu comparecer ao evento fantasiada como a personagem e a reação do público foi determinante para a retomada do projeto.
"Passei o baile inteiro com uma fila de pessoas para tirar foto comigo", relatou a artista. Segundo ela, aquele momento serviu como um "clique" para perceber que a figura de Bruna ainda permeia o imaginário do brasileiro com força.
Motivada pela recepção calorosa, Deborah procurou Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha da vira real, para atualizar a narrativa. A atriz adianta que a nova trama deve misturar ficção com realidade, baseando-se em três a cinco fatos impactantes ocorridos na vida de Raquel desde o primeiro filme, envolvendo dramas com o pai e o ex-marido.
Urgência e direção
Marcus Baldini, diretor do longa original, também foi peça-chave na retomada. Ele procurou Deborah com a ideia, e a atriz, prestes a completar 45 anos, sentiu que o momento era “agora ou nunca”.
"Vamos logo, senão eu vou desistir. É muita cara de pau", brincou a atriz sobre a idade para reviver a garota de programa, demonstrando ansiedade para iniciar os trabalhos.
Transformação física extrema
Outro ponto alto da entrevista foi a revelação de um projeto paralelo que exige uma entrega física radical. Deborah planeja interpretar uma caminhoneira assexuada e, para dar veracidade ao papel, cogita uma cirurgia invasiva para remoção do silicone.
"Queria poder tirar meu peito. Eu estou com vontade de tirar, aproveitaria para isso", disparou. Apaixonada por transformações físicas, ela admite que essa mudança seria "muito invasiva", mas afirma que toparia o desafio em nome da arte.
Maternidade e imersão
Deborah relembrou que não faz um mergulho tão profundo em um personagem desde o filme "Boa Sorte", rodado pouco antes do nascimento de sua filha, Maria. A maternidade, descrita por ela como "arrebatadora", impediu que ela aceitasse papéis que exigissem tal nível de desligamento da realidade.
"Fazer esse tipo de entrega é uma entrega que eu não tenho como voltar para casa, eu não tenho como voltar para mim", desabafou.
Atualmente, com a filha, a situação mudou. Deborah acredita que Maria já compreende a dimensão de sua profissão. "Ela já entende a atriz que eu sou, o quanto eu amo, o quanto eu sou feliz trabalhando", finalizou.