O Corinthians investiga um possível desvio de materiais após um relatório interno entregue ao presidente Osmar Stabile apontar a retirada de 131 peças esportivas, falhas no controle do almoxarifado e indícios de venda clandestina dentro do clube.
O documento foi elaborado pelo diretor de tecnologia Marcelo Munhoz, que conduziu a apuração e reuniu inconsistências no fluxo e na distribuição de materiais. Entre os pontos destacados, está a citação ao segundo vice-presidente do clube, Armando Mendonça, que teria retirado 131 itens entre junho e outubro. Embora fosse listado como um dos responsáveis pelo almoxarifado, ele negou oficialmente exercer essa função.
Em outro episódio, o Corinthians precisou atuar com o uniforme número 2 contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, por não ter quantidade suficiente de camisas brancas para a partida.
Venda interna de uniformes e categoria de base
Segundo Luis Fabiani, funcionários chegaram a vender peças dentro das dependências do Corinthians. A prática teria ocorrido em meio ao acúmulo de materiais e à ausência de fiscalização adequada.
As irregularidades também afetam as categorias de base, que seguem utilizando uniformes antigos, de modelos de 2018 e 2019, por falta de peças atualizadas, mesmo com a chegada de novos lotes enviados pela fornecedora.
Corinthians analisa próximos passos
O relatório entregue à presidência indica retiradas sem registro formal, falta de inventário e fragilidades no processo de aprovação de materiais. A documentação deve orientar os próximos passos da investigação interna, que ainda está em andamento no clube.