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Caso Vitória: acusado de matar jovem diz em carta que foi coagido a confessar crime

Maicol Antônio Sales dos Santos, único suspeito preso pela morte de Vitória Regina, enviou uma carta de quatro páginas à mão na qual nega participação no crime e acusa autoridades da Polícia Civil de São Paulo e da Prefeitura de Cajamar de coação. O caso ocorreu em fevereiro, na região metropolitana de São Paulo, e teve ampla repercussão.

Na carta, Maicol alega que foi ameaçado para confessar a autoria do assassinato da adolescente de 17 anos. A confissão inicial foi dada por ele em 17 de março, quando ele afirmou à polícia que teve um envolvimento com a vítima e que ela o ameaçava de contar para sua esposa. Naquele depoimento, segundo as investigações, Maicol teria admitido ter matado a jovem. O corpo de Vitória foi encontrado com perfurações de faca em um matagal na área rural de Cajamar.

O suspeito, que segue preso e aguarda julgamento, detalha na carta as supostas ameaças recebidas. Ele afirma que um delegado teria dito: "Se você não cooperar, te deixo de louco e ponho o PCC para cuidar da sua família".

Versão do suspeito e resposta das autoridades
Maicol também acusa o secretário de Segurança Pública de Cajamar, Leandro Arantes, de tê-lo ameaçado. De acordo com o suspeito, o secretário teria questionado se ele "iria esperar acontecer com sua família o mesmo que aconteceu com a jovem".

O suspeito ainda afirma que o secretário teria dito: "Sendo você ou não, é você que vai assumir tudo isso". A carta alega que Arantes teria prometido ajuda financeira à família do acusado em troca da confissão.

Em sua defesa, Maicol sustenta que toda a movimentação que o teria levado a confessar o crime poderia ser comprovada pelas câmeras da delegacia. A defesa dele solicita a liberação das imagens e argumenta que ele foi ouvido na presença de uma advogada ligada à Prefeitura de Cajamar.

A Prefeitura de Cajamar, em nota, condenou as acusações e destacou que, desde o desaparecimento de Vitória, o secretário de Segurança Pública auxiliou a Polícia Civil nas buscas com o apoio de mais de cem servidores.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que as denúncias são alvo de apuração. No entanto, a investigação oficial concluiu que Maicol Antônio Sales dos Santos foi o único responsável pelo assassinato de Vitória. A perícia encontrou no celular do suspeito fotos de Vitória e de outras mulheres com o mesmo perfil, o que, para a polícia, demonstra uma obsessão do acusado pela vítima.

A defesa de Maicol, por sua vez, alega que as fotos foram inseridas no aparelho depois que este foi apreendido. O caso teve uma testemunha-chave, ouvida à época pelo Brasil Urgente, que confirmou ter visto o carro de Maicol no caminho que a jovem teria feito na noite de seu desaparecimento. A testemunha trabalhava com a então esposa do suspeito.

Fonte: Band.
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