
A Polícia Federal prendeu a mulher de um investigador acusado de envolvimento com o PCC. Ela era foragida desde fevereiro deste ano quando foi denunciada pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro do PCC junto com o marido, o policial civil conhecido como Rogerinho.
O investigador trabalhou no caso da execução do mega traficante Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta. Ele, outros sete investigadores e um delegado foram presos por extorquir o acusado de ser mandante do atentado de Vinicius Gritzbach.
A mulher já se envolveu com ao menos dois bandidos da cúpula do PCC antes de virar esposa do investigador preso. Conversas de WhatsApp e gravações de ligações comprovam que ela tinha conhecimento do esquema e usava contas em nome de empresas de fachada pra lavar dinheiro do crime organizado, não só de Vinicius Gritzbach, mas também de outros integrantes da cúpula do PCC e Comando Vermelho e até de comerciantes do centro de São Paulo.
A investigação sobre corrupção de agentes públicos da policia civil é conduzida pela polícia federal. A própria polícia civil investiga o assassinato de Vinícius no aeroporto, e a corregedoria da polícia militar é responsável pela apuração do envolvimento de PMs em um esquema de proteção à criminosos do PCC.
A execução no aeroporto escancarou uma relação estreita de empresários que atuam como operadores financeiros do PCC com agentes públicos. Parte do esquema havia sido revelado em delação premiada de Gritzbach pouco antes de ser assassinado.