Jackeline Moreira foi colocada em liberdade depois de passar sete meses na cadeia. A modelo de 28 anos era investigada por ajudar Kauê Amaral coelho a fugir. Kauê foi flagrado no saguão do aeroporto internacional de Guarulhos esperando a chegada do empresário Vinícius Gritzbach, delator do PCC.
Quando o alvo chegou, o olheiro cruzou o saguão com o celular no ouvido: era o sinal para os atiradores de que o plano devia ser colocado em prática.
Depois do crime, Kauê passou a noite em um motel com Jackeline. O criminoso ligado ao PCC deixou o celular com ela e foi para o Rio de Janeiro. O DHPP acredita que a modelo não participou do assassinato, mas ao ajudar Kauê cometeu o crime de favorecimento pessoal.
Ao longo da investigação, os policiais do DHPP acabaram prendendo Jackeline por tráfico de drogas. Anotações encontradas no apartamento do olheiro indicavam que ela era uma das vendedoras da droga que ele distribuía.
A modelo continua respondendo pelos crimes, mas agora em liberdade. A justiça alegou excesso de prazo, ou seja, ela não poderia ficar presa mais tempo sem ser julgada.
O mesmo motivo colocou em liberdade os irmãos. Eles foram ao Rio de janeiro e se encontraram com Kauê na ocasião da fuga. Um deles recebeu um pix do olheiro. Os dois também são investigados por supostamente participar do esquema de tráfico de drogas do criminoso, que segue foragido.
Kauê chegou a ser registrado numa imagem feita com o drone da polícia civil de São Paulo numa casa com piscina no meio do Complexo do Alemão, dominado pelo Comando Vermelho. O mandante do crime conhecido como Cigarreira também segue foragido. Policiais militares que participaram diretamente da execução estão na cadeia.
18 policiais militares são investigados por proteger Vinícius Gritzbach, um conhecido criminoso, e até vender informações sigilosas. Policiais civis também estão presos por extorquir Vinicius e lavar dinheiro. Empresários da região do Tatuapé também respondem por lavagem de dinheiro no esquema que levou à morte de Vinícius.