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‘Careca do INSS’ desiste de ir à CPMI após Mendonça o desobrigar de comparecer
Reprodução/Band

empresário Antônio Carlos Camilo, conhecido como “Careca do INSS”, comunicou na manhã desta segunda-feira (15), por meio de seus advogados de defesa, que não irá prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que estava previsto para esta tarde.  

Por conta da desistência, a reunião da CPMI, que investiga fraudes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), desta segunda-feira foi cancelada

Em nota, o colegiado pontua que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, havia facultado a presença do investigado, cabendo a ele optar por comparecer ou não.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, lamentou a ausência: “Perdemos a oportunidade de ouvir um dos principais investigados no escândalo que desviou recursos dos aposentados. É lamentável, mas a comissão seguirá trabalhando para que a verdade venha à tona e os culpados sejam responsabilizados.”

Decisão de André Mendonça 

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu facultar a ida à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) do INSS de Antonio Carlos Camilo Antunes, “o Careca do INSS” e Maurício Camisotti. 

Por conta disso, o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG) decidiu entrar com um mandado de segurança para assegurar a presença dos investigados.

No último sábado (13), Carlos Viana afirmou que a presença dos dois é essencial para as investigações sobre as fraudes em descontos de consignados de aposentados e pensionistas.

“Nós entendemos que é fundamental a presença dos dois indiciados, dos dois investigados, porque já estavam comprometidos a comparecer e eles, diante dos parlamentares, podem inclusive nos ajudar a esclarecer com muita rapidez tudo o que aconteceu”, disse.

No entanto, o Careca do INSS havia decidido prestar depoimento mesmo com a decisão da Suprema Corte, segundo Carlos Viana

“A sessão da CPMI nesta segunda-feira, 15 de setembro, está mantida. Apesar de toda a decisão do Supremo Tribunal Federal, que permitiu facultativa voluntária a ida do senhor Antônio Carlos Camilo Careca à CPMI, nós estamos em contato com a defesa do suspeito e ele confirmou que deseja ir à CPMI para apresentar a versão que ele tem de todo esse escândalo, de todos os fatos que estão sendo divulgados”, declarou o senador Carlos Viana. 

Segundo o parlamentar, ele e o relator da comissão, Alfredo Gaspar, não vão “medir esforços para que a CPMI apresente um resultado aos brasileiros, um relatório onde todo o escândalo seja esclarecido, quem roubou seja identificado dentro da sua culpa, onde está o dinheiro e principalmente a devolução ao tesouro”.  

“Não é justo com quem paga impostos simplesmente colocar recursos para tapar o buraco desse escândalo que tomou conta da Previdência Social”, observou Carlos Viana. “Nós estamos em contato também com outras pessoas muito importantes, testemunhas, outros envolvidos no recebimento do dinheiro que também estão se predispondo a ir à CPMI para apresentar as suas versões. Nós temos muito o que dizer ao povo brasileiro e nós não vamos falhar nessa missão.”

Prisão do 'Careca do INSS'

Polícia Federal prendeu, na manhã de sexta-feira (12), Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o "Careca do INSS", durante nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de prisão preventiva e outros 13 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, em São Paulo e no Distrito Federal.

Além do Careca do INSS, o empresário Maurício Camisotti também foi preso e o advogado Nelson Wilians foi alvo de buscas em São Paulo. A reportagem do Grupo Bandeirantes apurou que carros e dinheiro foram apreendidos em Brasília. 

A ação apura os crimes de impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa, dilapidação e ocultação de patrimônio, além da possível obstrução da investigação por parte de alguns investigados.

Durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (INSS) da última quinta-feira (11), os parlamentares aprovaram a quebra de sigilo do empresário. Na semana passada, o colegiado também havia aprovado o pedido de prisão preventiva de Antunes. 

Fonte: Band.
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