
O influenciador digital Buzeira, que foi preso nesta terça-feira (14) pela Polícia Federal durante a Operação Narco Bet, deflagrada para desarticular um esquema internacional de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas, já foi alvo de uma operação por suspeita de ligação com “Neymar do PCC”.
Em fevereiro deste ano, ele foi investigado pela Polícia Civil de São Paulo em uma ação que também envolveu o funkeiro Neguinho do Kaxeta, por suposta ligação com o traficante Michel da Silva, conhecido como “Neymar do PCC”.
Na época, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao influenciador, após a polícia encontrar conversas entre ele e o traficante em um celular apreendido. Em uma das mensagens, Buzeira teria pedido que “Neymar do PCC” cobrasse uma dívida de R$ 400 mil. A investigação apura se houve ameaça ou extorsão.
O influenciador chegou a prestar depoimento e foi liberado, negando qualquer envolvimento com o crime. O caso foi encaminhado ao 96º Distrito Policial, mas a nova prisão indica que as suspeitas de ligação com o tráfico e lavagem de dinheiro persistem e se aprofundaram com as descobertas da Polícia Federal.
Prisão de hoje
Buzeira foi preso nesta terça-feira (15) pela Polícia Federal durante a Operação Narco Bet, deflagrada para desarticular um esquema internacional de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas.
Segundo as investigações, Buzeira recebia valores do exterior em moedas digitais, usadas para mascarar a origem do dinheiro do narcotráfico. Ele foi preso em uma casa em Igaratá, no interior de São Paulo, e deve responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com indícios de atuação transnacional.
A operação desta terça-feira também resultou na prisão do contador Rodrigo Morgado, acusado de operar empresas de fachada ligadas a casas de apostas para movimentar os valores ilícitos. No total, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina, além do bloqueio de R$ 630 milhões em bens e valores. A investigação conta com cooperação da Polícia Criminal Federal da Alemanha (BKA), que prendeu outro influenciador brasileiro na Europa.