
O presidente da Beija-Flor de Nilópolis, Almir, e Brunna Gonçalves, esposa de Ludmilla, protagonizaram uma troca de acusações públicas após a saída da dançarina do posto de destaque da escola.
A dançarina deixou o cargo na última semana e reagiu a um vídeo de Almir, que a criticou por sua suposta ausência em eventos da escola. Em seu vídeo de resposta, Brunna negou as alegações de irresponsabilidade e falta de compromisso.
Ela afirmou que sempre esteve presente em todas as datas importantes que lhe foram passadas pela escola. Além disso, criticou o presidente por nunca ter falado diretamente sobre o problema, alegando que ele a "cozinhava" ao telefone em vez de ser transparente.
Brunna também sugeriu que o motivo real de seu desligamento seria uma "retaliação" por não ter comparecido ao "casamento do ano", insinuando que a escola estaria tentando "abafar uma coisa que não tem como ser abafada".
A esposa de Ludmilla rebateu as críticas mostrando que foi "super valorizada" e "super abraçada" pela Grande Rio, escola para a qual se transferiu.
Representatividade na comunidade
A saída de Brunna Gonçalves intensificou o debate sobre a escolha de celebridades para posições de destaque no Carnaval. Os apresentadores do Melhor da Tarde lembraram que Brunna (que é de Nilópolis, cidade da Beija-Flor) e Ludmilla (de Caxias, cidade da Grande Rio) têm forte ligação com a Baixada Fluminense.
Isso contrasta com atrizes de fora, como Giovanna Lancelotti, que foi criticada pela própria Bruna por realizar um ritual afro na final do samba da Beija-Flor, levantando a questão de quem deveria ocupar o espaço de representatividade da religião.
A discussão evoluiu para a percepção de que as escolhas no Carnaval se resumem a um "grande lobby", onde a posição de destaque é definida por quem consegue mais apoio ou "puxa o saco" de pessoas em posição de poder, como Gabriel David (filho do patrono Anísio Abrão David e presidente da Liesa).