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Brasileiro de 29 anos que lutava pela Ucrânia morre em emboscada

O brasileiro Bruno de Paula Fernandes, de 29 anos, morreu em combate na Ucrânia na última segunda-feira (1). Morador de Governador Valadares, no leste de Minas Gerais, ele atuava como soldado no exército ucraniano desde o fim de maio e foi vítima de uma emboscada. Horas antes de morrer, ele enviou um áudio para a esposa, confiante de que retornaria para casa.

"Não é uma despedida, jamais. Não é uma despedida. É só uma mensagem de que daqui a uns dias estarei de volta", disse Bruno na mensagem.

A família foi informada da morte por um responsável pela tropa ucraniana, que relatou a dificuldade em resgatar o corpo, localizado em uma área de difícil acesso. Em julho, Bruno já havia sido ferido em combate. A mãe, Bethânia Paula da Silva, conta que a família recebeu poucas informações. "Só nos falaram que o corpo não tinha como ser resgatado e não nos deram mais informações. Eu acabei passando mal, foi um momento muito difícil", afirma.

Motivação financeira e recrutamento

A principal motivação de Bruno para se alistar na guerra, que se arrasta desde 2022, foi financeira. Por meio de grupos em redes sociais, ele foi atraído por uma promessa de salário de R$ 30 mil mensais, além de uma suposta comissão por inimigos mortos. O recrutamento indicava que ele atuaria como técnico de enfermagem, sua área de formação, mas ele não chegou a executar essa função, sendo alocado em outras frentes de batalha.

O conflito entre Rússia e Ucrânia atrai combatentes de diversas partes do mundo, muitos deles recrutados pela internet com a promessa de altos salários para se juntarem às legiões estrangeiras que atuam ao lado das forças ucranianas.

Família busca ajuda para repatriação

Bruno era casado e deixou dois filhos, de cinco e seis anos. A família agora pede ajuda ao Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores, para conseguir repatriar o corpo. O desejo da mãe é ter acesso a informações oficiais e poder realizar o sepultamento do filho no Brasil.

"Eu queria, pelo menos, informações. Pelo menos, saber uma certidão de óbito, como que vai fazer. Eu, como mãe, queria muito trazer meu filho", desabafa Bethânia. O caso expõe os riscos enfrentados por voluntários estrangeiros e a complexidade burocrática e logística que as famílias enfrentam em casos de morte em zonas de conflito.

Fonte: Band.
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