Francielle Paiva, uma mulher que se apresentava como corretora de imóveis e produtora de conteúdo adulto, foi extraditada de Portugal para Goiânia, onde é investigada pela Polícia Civil de Goiás por lavagem de dinheiro para uma facção criminosa.
Conhecida como "Princesinha do crime", ela foi presa em maio enquanto passava férias em Portugal. As investigações apontam que a vida de luxo e ostentação exibida por Francielle nas redes sociais seria financiada por atividades ilícitas.
Segundo o delegado Thiago Torres, responsável pelo caso, a suspeita atuava como responsável pela lavagem de dinheiro da facção goiana "Amigos do Estado", que é aliada do Primeiro Comando da Capital (PCC).
O esquema, de acordo com a investigação, consistia em depositar os lucros da venda de drogas em contas bancárias de Francielle e de suas filhas menores de idade. O dinheiro, em seguida, era usado para abrir empresas de fachada em nome de "laranjas", algumas delas no setor de saúde.
Francielle nega todas as acusações e afirma que sustenta a família com seu trabalho na internet. Ela alega que sua vida é humilde, em contraste com a imagem de luxo que projeta nas redes sociais. A suspeita passou quatro meses em uma penitenciária portuguesa antes de ser transferida para o Brasil em uma operação que envolveu a Interpol e a Polícia Federal.