O ex-jogador Robinho, condenado pela justiça italiana pelo crime de estupro, foi transferido na manhã desta segunda-feira (17) da Penitenciária 2 de Tremembé para o Centro de Ressocialização de Limeira, no interior de São Paulo. A mudança de unidade prisional, confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), chamou atenção da web.
A operação de transferência envolveu um deslocamento considerável, já que a distância entre as duas unidades chega a cerca de 280 quilômetros, e causa questionamentos pelo "timing". Isso por conta da rotina do ex-craque no cárcere que veio à público e também pela repercussão da série Tremembé.
Embora o motivo exato da solicitação não tenha sido detalhado publicamente pelos advogados, a decisão já está em vigor e coloca Robinho em um novo ambiente carcerário.
Diferente da P2 de Tremembé, conhecida por abrigar presos de casos de grande repercussão midiática, o Centro de Ressocialização de Limeira possui um perfil distinto. A unidade é focada em regimes de ressocialização mais intensos, com uma rotina considerada mais restrita e voltada para a disciplina e o trabalho dos detentos.
O histórico do caso
Robinho está detido desde março de 2024, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou a sentença definitiva da Itália, que o condenou a nove anos de prisão por estupro coletivo cometido em uma boate de Milão, em 2013.
Até esta segunda-feira, ele ocupava uma cela na Penitenciária 2 de Tremembé, local historicamente conhecido como a "prisão dos famosos".
Pela unidade do Vale do Paraíba, já passaram nomes envolvidos em crimes de grande comoção nacional, como Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, o ex-médico Roger Abdelmassih e Edinho, filho de Pelé e ex-goleiro, que também cumpriu pena no local.
Agora, em Limeira, Robinho inicia uma nova etapa de sua sentença, longe dos holofotes de Tremembé e sob um regime focado na reintegração social através do labor.