O soldado Kelvin Barros da Silva, de 21 anos, confessou em depoimento à Polícia do Exército ter matado a cabo do Exército de 25 anos dentro do quartel onde ambos trabalhavam, em Brasília. O crime aconteceu após uma discussão, segundo a versão do soldado.
O crime
De acordo com o depoimento de Kelvin, a cabo teria sacado uma arma e apontado para ele durante a briga. O soldado, então, reagiu, desarmou a vítima e a atacou com uma faca. Para ocultar o crime, ele utilizou álcool e um isqueiro para atear fogo no corpo da cabo, que foi encontrado carbonizado.
O soldado alegou que o motivo da discussão seria o término de um relacionamento amoroso, mas a família da vítima nega o envolvimento. Segundo os familiares, o crime teria sido motivado pela recusa de Kelvin em receber ordens de uma mulher, sua superior hierárquica.
Investigação e Justiça
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Polícia do Exército. O juiz responsável pela análise do caso converteu a prisão em flagrante de Kelvin em prisão preventiva, argumentando que o crime deve ser julgado pela Justiça Militar. A decisão se baseia no fato de o crime ter sido cometido por um militar contra outro militar, dentro de um quartel e com o roubo de uma arma do Exército.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) deverá decidir definitivamente sobre a competência para julgar o caso.