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Prejuízo dos Correios dispara: estatal busca socorro bilionário do governo
Reprodução/Jornal da Band

A empresa brasileira que era um símbolo de eficiência virou uma máquina de dar prejuízo. Depois de se afundar em dívidas, os Correios aguardam um socorro bilionário do governo para conseguir pagar as contas.

Especialistas alertam que a crise atual na estatal é apenas "a ponta do iceberg". A expectativa é que o rombo fique ainda maior devido à explosão de ações trabalhistas.

Quase 60 mil processos em aberto

Até o mês passado, os Correios acumulavam quase 60 mil processos em aberto. Quase a metade desses processos foi protocolada nos últimos 12 meses.

A estatal se consolidou como a empresa pública com o pior resultado financeiro do Brasil.

Em 2021, o balanço ainda registrava lucro, com mais de R$ 3,5 bilhões. Desde então, o resultado tem sido de "ladeira abaixo", com o prejuízo disparando:

  • 2022: Prejuízo de R$ 800 milhões.
  • 2024: Prejuízo de R$ 2,5 bilhões.
  • 2025 (até o 3º trimestre): Mais de R$ 6 bilhões em prejuízo.

Perda de exclusividade agrava crise

Um dos principais fatores para a crise é a perda da exclusividade sobre a entrega de mercadorias, visto que as empresas privadas já detêm 50% do mercado.

Para tentar se reequilibrar, a estatal tomou uma série de medidas:

  • Aumentou o Plano de Demissões Voluntárias (PDV) de 10 mil para 15 mil cortes até 2027.
  • Anunciou o fechamento de pelo menos mil centros de distribuição e logística pelo país.
  • Cancelou as bonificações natalinas aos trabalhadores, o que inclui o chamado "vale peru", de R$ 2.500 a cada funcionário.

O plano de saúde da empresa, que beneficia aposentados e aceita até os pais dos conveniados como dependentes, será mantido "do jeito que está". O custo anual desse plano é de cerca de R$ 2 bilhões.

Dinheiro a menos para a população

Os Correios devem pedir ao governo, nesta semana, R$ 6 bilhões em caráter emergencial para conseguir fechar as contas do ano. Anteriormente, o Tesouro Nacional já havia rejeitado dar garantias a um empréstimo de R$ 20 bilhões.

Marcus Pestana, diretor executivo da Instituição Fiscal Independente e ex-integrante do Conselho de Administração dos Correios, lembra que cada real repassado à estatal é dinheiro a menos para necessidades da população.

"Se você usar recursos dos nossos impostos para subsidiar uma empresa monopolista na área de serviços postais você vai estar tirando recursos importantes da educação, da saúde, da segurança", afirma Pestana.

Fonte: Band.
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